quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

libertai-vos a vós mesmos









- “Na verdade, É preciso que todo ser vivo e animado saía das profundezas de Annoufn,
Parta do limite extremo do que é baixo em qualquer existência dotada de vida, afim
De se lançar, mais alto e mais alto, na ordem de gradação das coisas, Até que ele alcance, em Abred, a dignidade de homem na qual, em união com o Bem, possa
Encerrar-se a transmigração de Necessidade para ele.

Para que seja assim, O ser, Ao longo de suas penosas peregrinações pelo mundo material, adquire incessantemente, e dessas aquisições ininterruptas se forma, nele,
Esta coisa vaga, a princípio, e pouco a pouco mais precisa, que só desabrocha
Na humanidade como aquilo que você chama de consciência. Ora, o que é a
Consciência senão o olho de Deus velando na secreta profundidade de seu coração?
Esta consciência, que não perdeu a memória das experiências do passado, adverte-o cada vez que um perigo lhe ameaça e se você permanecer surdo a seu sinal,
Perde o direito de ser queixar do peso de seu ato.


Saiba ainda o seguinte:

Não há, Não pode haver, pecado contra Deus; A criatura só peca contra si mesma.

Deus também não instituiu nem punição nem recompensa. A Natureza é apenas
Um vasto campo de experimentação no qual o trabalho fica sob a inteira responsabilidade de cada um: quanto mais o trabalhador faz com zelo o que ele empreende, mais seu trabalho o faz progredir. Se ele o fizer sem gosto, pelo contrário, será preciso que o recomece, até que, finalmente, o resultado seja perfeito. Só então lhe será permitido passar para uma outra experiência e assim sucessivamente.

É possível que você alegue ser difícil conciliar o amor divino com tantas provas de abandono encontradas pelo ser enquanto vaga no Círculo das Transmigrações. Saiba, no entanto, Que não há felicidade sem possessão plena de si mesmo e sem demonstração
Do acerto das escolhas, das experiências e da ciência, pois é na ciência que reside a VIDA."


Os Japoneses, ao plantarem o arroz, tomam todo o cuidado para separar bem as mudas, sem pressa alguma, pois sabem que se fizerem de qualquer jeito, terão de plantar novamente.

A ilusão dos homens é sempre grande em relação a tudo o que os cercam. Por isso, acabam mistificando as coisas.
O trabalho precisa ser feito com muito cuidado e paciência, respeitando o tempo do Universo. Precisamos assumir a responsabilidade, primeiramente, de nossas vidas, antes de ajudarmos a irrigar a plantação do vizinho.

O Tigre do Leste.

sábado, 2 de janeiro de 2010

As Tríades esquecidas (ou solenemente IGNORADAS)





  1. Três unidades originais – um Deus, uma verdade, um ponto de liberdade – dão equilíbrio a todos os contrários e cada uma compõe um todo com as demais.

  1. Três coisas procedem dessas unidades primitivas: toda vida, todo bem, todo poder.

  1. Três grandezas de Deus: vida perfeita, conhecimento perfeito, poder perfeito.

  1. Três coisas que Deus é, necessariamente: a maior porção de vida, a maior porção de conhecimento, a maior porção de força, e de todas elas, é uma única e maior porção.

  1. Três coisas que Deus não poderia deixar de ser: o que constitui a perfeição do bem, o que deseja a perfeição do bem, o que completa a perfeição do bem.

  1. Três coisas que Deus não poderia deixar de realizar: o que há de mais conveniente, o que há de mais necessário, o que há de mais belo para cada coisa.

  1. Três coisas têm, necessariamente, a primazia: o supremo poder, a suprema inteligência, o supremo amor de Deus.

  1. Três certezas do que Deus faz e fará: ele engendra seu poder infinito, sua infinita sabedoria, seu amor infinito e estes atributos contribuem para a plena realização das coisas.

  1. Três coisas impossíveis para todas as pessoas, menos para Deus: suportar a eternidade do Ceugant, participar de todos os estados sem mudar, melhorar e renovar todas as coisas sem sofrer qualquer perda.

  1. Três prerrogativas do Divino: ser infinito em si, tornar-se finito no finito, permanecer ligado a todos os diferentes estados de existência no Círculo da Felicidade.

  1. Três causas da origem dos seres: o Amor divino, a Sabedoria divina, o Poder divino, que estão em harmonia na suprema Vontade.

  1. Três círculos da existência: Ceugant, o círculo do Infinito na qual nada há a não ser Deus; Abred, o círculo das Transmigrações, na qual tudo provém da morte e é atravessado pelo homem; Gwynfyd, o círculo da Felicidade, na qual tudo provém da vida e onde o homem habitará, na nau de luz.

  1. Três estados sucessivos dos seres animados: a existência em Annoufn, o nada; a liberdade no estágio humano em Abred; e a felicidade em Gwynfyd.

  1. Três necessidades para toda existência: começo em Annoufn, transmigração em Abred, plenitude e perfeição em Gwynfyd e, sem estas três fases, nenhuma vida é possível, exceto para Deus.

  1. Três propriedades da existência: não poder ser de outro modo, safar-se da necessidade de ser outro, não poder ter sido concebido melhor do que foi. Nisto está a perfeição de toda coisa.

  1. Três dons divinos concedidos a todo ser: uma vida completa em si mesma, a especificidade absoluta de seu eu, um gênio inato a cada ser. Nisto está a individualidade de cada um.

  1. Três decretos divinos na obra da criação: diminuir o Mal, reforçar o Bem, realçar todas as diferenças, para apontar o que deve e o que não deve ser feito.

  1. Três necessidades no círculo de Abred: a infinitude da vida, daí o seu começo; a plasticidade das coisas, donde o seu crescimento, que não pode ocorrer em um outro estado; a mortalidade e a morte.

  1. Três calamidades originais do círculo de Abred: a Necessidade, a perda da memória, e a Morte.

  1. Três coisas inevitáveis no Abred: a transgressão da lei (natural e espiritual) e a ela não se pode escapar; a libertação de Droug e Cythraul pela morte; o crescimento da vida espiritual.

  1. Três coisas fazem com que o homem caia na Necessidade de Abred: falta de aspiração por conhecimento; indiferença ou hostilidade em relação ao Bem; preferência pelo Mal e, por causa disso, ele torna a descer no Abred até o grau para o qual ele próprio se preparou, recomeçando a peregrinação pelo círculo das evoluções.

  1. Três coisas fazem com que o homem desça, necessariamente, no Abred, mesmo que ele esteja ligado ao Bem: o orgulho, que faz com que ele desça até Annoufn; a mentira, que faz com que ele desça até o demérito relacionado com ela; a falta de altruísmo, que o leva até a animalidade correspondente a ela. Ele recomeça, então, suas peregrinações precedentes em direção à condição humana.

  1. Três coisas são compartilhadas por todo ser animado em Abred: a ajuda divina, sem a qual aí não existiria consciência alguma; o privilégio de participar do amor divino e a harmonia de ação com Deus, tendo em vista atingir o fim e o objetivo de todo destino.

  1. Três princípios necessários operam no círculo de Abred: o do desenvolvimento da estrutura corporal de todo ser animado; o da aquisição do conhecimento universal; e também o do crescimento moral; para vencer o Espírito da inércia (Cythraul) e obter a libertação individual do Mal (Droug), pois sem eles não poderia haver progresso algum aí.

  1. Existem três instrumentos de eficácia divina, em Abred, para vencer Droug e Cythraul e ganhar o círculo de Gwynfyd: a Necessidade, a perda da memória e a Morte.

  1. Três condições são essenciais para obter-se o conhecimento perfeito: a transmigração em Abred, a circulação em Gwynfyd e a rememoração das experiências passadas e mesmo do Annoufn.

  1. Três coisas são contemporâneas desde o início: o Homem, a liberdade e a luz.

  1. Três coisas são necessárias para o triunfo do homem sobre o Mal: o sofrimento, a calma resistência diante das vicissitudes e a liberdade de escolha. Com elas pode definir, com antecedência, seu próprio destino.

  1. Três alternativas são oferecidas ao homem: Abred e Gwynfyd, necessidade e liberdade, bem e mal, tudo sendo oferecido na mesma proporção; o homem pode optar, como quiser, por uma ou outra alternativa.

  1. Três aquisições principais no estágio humano: o Conhecimento, o Amor e a força moral. Elas não podem se efetivar nos estados anteriores à humanidade, mas se efetivam pelo uso da liberdade e da escolha. Elas constituem as Três Vitórias.

  1. Três vitórias podem ser obtidas sobre Droug e Cythraul por meio de Conhecimento, Amor e força moral, pois qualquer realização depende da união do saber, do querer e do poder. Eles começam com a humanidade e a ajudam ao longo de todos os ciclos de eras.

  1. Três privilégios estão vinculados à condição humana: o mesmo peso do mal e do bem, daí a possibilidade de comparar; a liberdade de escolha, que dá origem ao julgamento e à preferência; o desenvolvimento da força moral. E nenhum destino pode se completar sem eles.

  1. Três diferenças inevitáveis existem entre o homem ou toda criatura, e Deus: a limitação foi imposta ao homem, mas não atinge Deus; o homem começou, Deus é desde sempre; mesmo no círculo de Gwynfyd, o homem continua, forçosamente a passar por sucessivas mudanças, pois é incapaz de suportar a imutabilidade do Ceugant, enquanto Deus, que não poderia mudar, suporta qualquer estado com êxito.

  1. Três diferenças existem entre qualquer ser em relação aos outros seres: seu espírito original, sua memória, sua faculdade de perceber. Cada ser possui esses atributos na sua plenitude e não existem duas plenitudes iguais.

  1. Três são as graças principais do círculo de Gwynfyd: a libertação do mal, a libertação de qualquer privação e a libertação da Morte.

  1. Três coisas são restituídas ao homem que chegou ao círculo de Gwynfyd: seu gênio original (Awen), a totalidade de seu amor e a recordação de todos os seus modos passados de existência; sem isso, não poderia haver felicidade perfeita.

  1. Um triplo conhecimento do Mal e da Morte garante sua destruição e sua vitória: o conhecimento de sua natureza específica, o conhecimento de sua causa e o conhecimento do seu modo de agir; isso é obtido em Gwynfyd.

  1. Três são os fundamentos do Conhecimento universal: transmigração por todos os estados de existência, recordação de cada estágio e de seus acontecimentos, poder de atravessar sem restrições os estados anteriores; por conta da ampliação do conhecimento e da experiência. Isso é exeqüível no círculo de Gwynfyd.

  1. Três superioridades existem em cada ser no círculo de Gwynfyd: a vocação, o privilégio e o gênio original, pois não se encontram dois seres absolutamente idênticos e a superioridade de cada um existe em sua plenitude. Ora, não poderia haver plenitude no que não atinge seu mais alto grau.

  1. Três coisas não se extinguirão em razão da necessidade de sua essência: a forma da existência, a qualidade da existência, a utilidade da existência, pois, desvencilhadas do mal, estas coisas estarão para sempre nos seres encarnados ou desencarnados, na diversidade do belo e do bem do círculo de Gwynfyd.

  1. Três excelências existem devido às mudanças de estado em Gwynfyd: a da instrução, a da beleza, a do repouso, em razão da impossibilidade de suportar o Ceugant sem que haja alguma esperança.

  1. Três bem-aventuranças existem em Gwynfyd: participar de todos os benefícios e de um deles no mais alto grau, desfrutar do gênio em sua totalidade, com a afirmação espontânea do gênio individual; amar todos os seres, apoiando essa fraternidade universal no amor de Deus. Nisso está a plenitude da nave de Gwynfyd.

  1. Três objetos de crescimento infinito: o fogo ou a luz, a inteligência ou a verdade, o espírito ou a vida e, como resultado último, o domínio sobre todas as coisas, com o fim de Abred.

  1. Três coisas diminuirão continuamente: a escuridão, o erro e a Morte.

  1. Três coisas se tornarão, todo dia, cada vez mais fortes e a tendência em direção a elas se acentuará sem interrupção: o amor, o conhecimento e a justiça.

  1. Três coisas irão se enfraquecendo, a cada dia, e a oposição contra elas irá crescendo cada vez mais: o ódio, a injustiça, e a ignorância.


Bom, pra quem não me conhece, minhas boas vindas...

Quando este blog foi criado, minha intenção era compartilhar, com quem realmente quisesse, conhecimento.

Para o meu espanto e tristeza, pouca gente levou ou leva o Druidismo a sério, e depois de ler ASNEIRAS por todos os cantos, resolvi então, colocar este espaço a serviço da lógica e da razão.

Eu sei que muitos vão ler as tríades e torcer o nariz, e ainda assim continuar dizendo-se DRUIDAS, mesmo que ensinando errado.

É CÔMODO ensinar errado, é “fashion” ser politicamente correto, é “cult” seguir a maioria... mas não sou estilista nem intelectualóide, pra tristeza de muitos. Não quero ser cult nem fashion.. quero apenas dividir o que aprendi de forma CORRETA.

Se você chegou até aqui, sem me xingar e sem ter um ataque epilético, deve estar pensando...

“Porra, caralho... que merda é essa que prega um DEUS ÚNICO?”

Isso caro amigo.. é DRUIDISMO, qualquer coisa diferente disso é QUALQUER COISA, menos DRUIDISMO.

“Mas caralho... o druidismo não tem um panteão enorme?”

É.. tem sim, mas o DRUIDISMO é um culto ancestral, tratamos como divindade todo aquele que por mérito, honra e dignidade, chegou ao círculo da felicidade (Gwynfyd), e por ter atingido a iluminação nos ajuda em nossa jornada até ela.

“Haaa porra, então existem viários deuses!”

Se considerarmos “DEUSES” como professores, guias evoluídos, sim.. temos vários.

Mas toda a criação vem de um único principio criador incriado....

O UNO!

Não gostou de ler isso?

Vou fingir estar me importando com isso, mas.... Vai na banca e compra revistinha de bruxaria e passa a dizer que é Wicca então.