quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Vamos falar de Alquimia... (Não! Não é um convite. Cala a boca, senta ai e lê!)


Nos últimos tempos, ela tem tomado um aspecto comercial, mercantil... Fala-se em “alquimia das plantas”, “Alquimia das velas”. A variedade de termos com o puro cunho marqueteiro é enorme. O que não seria de todo ruim, se isso não negasse em absoluto, o próprio significado da palavra.


O termo vem do árabe, AL-Khemy, vem do árabe e quer dizer "a química", mas não no sentido que damos hoje... Refere-se a “a química” como a constituição de TODAS as coisas.

Termo novo para antigas praticas velhas conhecidas dos povos europeus pré-romanos, dos egípcios, e até, de quem veio antes deles.

Chamada de “Arte Real” ou ainda, “Ciência Integral”, ela não foi a mãe da química como querem alguns... Ou avó da física, como arvoram-se outros. Foi sim a renegada, maltratada e esquecida  MÃE de TODAS as ciências conhecidas.

Partindo dessa premissa, fica fácil entender, que um alquimista é por definição um cientista, não como os grandes acadêmicos que vemos hoje, mas sim, doutores em TODAS as formas de conhecer o universo, tentando assim entender o pensamento de Deus.

A linguagem alquímica, complexa e ao mesmo tempo simples, jamais se baseou ou mesmo poderia se basear em palavras. Estas encerram em si um significado limitado, pobre, o que tornaria o entendimento dos princípios INTEGRAIS, absolutamente impossível.

Temos então os SIMBOLOS, o que o Dr. Carl G. Jung chamou de chaves para o subconsciente, para o inconsciente coletivo, ou como chamavam os alquimistas, para a “anima mundi” (não, não é o festival de desenho animado... continua calado e lendo!), ou “alma do mundo”. 







Esses símbolos, gravados no fundo de cada um de nós, e com uma abrangência interpretativa vasta, possibilitou que o conhecimento INTEGRAL fosse passado de uma forma integra. Notadamente, a mesma ilustração que descreve a criação do universo, descreve também princípios medicinais, ou o funcionamento de um circuito elétrico, ou ainda, o funcionamento da mecânica psicológica humana.

Grande parte do conhecimento dos antigos Doutores da velha ciência, tem sido “descobertos” recentemente por novos e “Brilhantes” cientistas. Infelizmente temos o péssimo habito de achar que o conhecimento de civilizações anteriores a nossa, são inferiores. (Agora vai La tu, a PAU e CORDA e levanta as pedras de Stone henge.)


Até aqui deu pra acompanhar? Se não deu... Foda-se... Volta e Le novamente que não sou papagaio.

Continuando...

A grande obra é portanto, a transformação... A transmutação do chumbo (vulgar, imperfeito e grotesco) em ouro (puro, nobre e perfeito), seja mentalmente, depurando, solvendo e coagulando a si mesmo centenas e centenas de vezes, seja fisicamente, transformando movimento em energia, ou doença em saúde.

Espero ter conseguido te fazer entender a abrangência dos princípios alquímicos... E que fatiar apenas uma das faces de suas muitas formas, é aleijar a perfeição.


Haaaa deu preguiça foi? Da trabalho entender essa porra toda né?

É... Dá sim... Incomoda no começo, dói no meio e arde no final. Não tem jeito fácil, não tem atalho.

“E pra que serve essa merda?”

Serve pra você evoluir como “individuo”, serve pra você sair dos ciclos encarnatórios... Tornar-se OURO... Brilhante... Radiante como o sol.

“Mas eu não acredito em reencarnação e muito menos nessas baboseiras de espiritualidade!”

Mas então vá coçar o cu com os dentes e para de pesquisar sobre alquimia... Ela simplesmente NÃO EXISTE sem a integralidade do ser. Se teu negocio é fabricar ouro pra não ter que trabalhar... Lamento... O único conselho q posso te dar é... VAI RACHAR UMA LENHA!





"A escolástica com sua argumentação sutil,
  A teologia com seu fraseado ambíguo,
  A astrologia, tão vasta e complexa,
  São todas brincadeiras de criança quando comparadas à alquimia"
                                - Albert Poisson  -


E tenho dito!!!
O Lobo do Leste

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